Preconceito racial em dados estatísticos

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

O preconceito racial é um problema ainda vigente no Brasil, apesar do país adotar uma legislação com leis que busquem minimizar ao máximo esse problema, ou até mesmo acabar com esse problema, o racismo ainda esta em constante manifestação. A existência do racismo pode ser verificada de diversas formas, tanto em agressões diretas mostradas na mídia, como em dados estatísticos, que comprovam a menor acessibilidade dos negros aos principais serviços sociais, que estar ligado as dificuldades que a sociedade ainda impões ao negro.
O Brasil, um país com um sistema de leis que buscam dificultar a prática racista e possibilitar aos negros os mesmos direitos que todo cidadão brasileiro, ainda não é o suficiente para acabar com o problema. Mesmo com leis anti-racistas, a sociedade ainda busca meio para dificultar a presença do negro nos principais serviços sociais, as praticas de agressões verbais ainda são constantes e os negros ainda possui dificuldades de se inserir na sociedade. Todos esses problemas podem ser verificados por meio de analise estatística, com dados do IBGE, como será discutido a seguir.



O NEGRO NAS ESTATÍSTICAS

Os gráficos da figura 1 mostram que tanto no ano 2000 quanto no ano 2012, a maior parte do trabalho informal na área analisada é constituída por população negra e parda, já o segundo gráfico revela ainda que em ambos os anos, nessa mesma área, o rendimento mensal da população do trabalho formal é bem superior ao do informal, verifica-se em 2012 que em quanto o trabalhador formal recebe em média cerca de 1778 reais, o trabalhador informal recebe cerca de 989 reais, ou seja, o trabalhador formal recebe em média pouco mais que o dobro do trabalhador do trabalho informal, sendo esse último, constituído principalmente pela população parda e negra.



Verifica-se então que, na área analisada, a população parda e negra possui de um modo geral, um rendimento mensal inferior ao do branco. Vale lembra que a pesquisa foi realizada na área rural de alguns estados da região Norte do Brasil, ou seja, os estados de Acre, Rondônia, Roraima, Amazônia, Pára e Amapá, ficando de fora apenas o estado de Tocantins.



O gráfico da figura 3, que mostra a distribuição de negros, pardos e brancos nas cinco regiões do Brasil, revela que as populações negras e pardas, somadas equivalem a quase 80% da população dessa região, dessa forma, em uma analise bem superficial, mais justa, seria possível prescindir que na maior parte da população analisada, os pardos e negros deveriam ser a maioria do trabalho formal, já que são a maioria da população total, ainda que o gráfico mostre apenas a população rural, porém verifica-se o oposto, nos dados analisados.



A figura 4 mostra a distribuição de pessoas por cor com o ensino superior concluído, na mesma área de análise dos gráficos da figura 1. Observa-se que em 2009, enquanto dos brancos entrevistados, 15% deles revelam ter ensino superior completo, na população negra, menos de 5% revela ter ensino superior completo, já a população parda, pouco mais de 5% revela ter ensino superior completo.



O gráfico da figura 5 revela que entre os 1% mais ricos da área analisada, tanto em 1999, quanto no ano 2000, a maior parte da população é branca, existindo uma pequena minoria formada por negros e pardos, já entre os 10% mais pobres, a maior parte da população é constituída de pardos. Porém, nesse mesmo ano observa-se outro dado que cama a atenção, da população negra existente entre os 10% mais pobres e o 1% mais ricos, a maior parte dessa população negra esta concentrada nos 10% mais pobres, cabendo apenas 1% para a população mais rica e cerca de 10% para a mais pobre. Quando a concentração de negros nessas faixas de status social é comparada com a concentração de brancos nessa mesma faixa, verifica-se que a maior parte da população rica é branca e uma extrema minoria é negra.



Fazendo a comparação desse dados do ano de 1999 com o ano 2009 na mesma área de estudo, sobre os mesmos critérios, observa-se que a situação ainda é a mesma, a maior parte da população rica é constituída de brancos e uma minoria muito pequena de negros, já na população mais pobre, a presença do negro é bem maior e a do branco menor.
O gráfico da figura 6 revela que a maior parte da população que vive com menos de um dólar por dia nos países da America Latina e do Caribe, é a população afrodescendente, ou ainda, descendente da população africana, a mesma situação verifica-se no Brasil. A única exceção desta analise é o Haiti, onde a maioria da população mais pobre é formada por Brancos.



CONSIDERAÇÕES FINAIS

Portanto, conclui-se que o preconceito ainda é um problema vigente no Brasil, apesar das leis contra o racismo, esse ainda é um problema constante no Brasil, que pode ser constatado tanto por meio da analise de dados estatísticos, como através de registros noticiários com casos de agressão verbal que demonstram o problema.

REFERÊNCIAS

IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. 2000/2012. Disponível em:<http://servicodados.ibge.gov.br/Download/Download.ashx?http=1&u=biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv66777.pdf>.  Acessado em: 08 abr. 2014.

IBGE. Teen. Mão na Roda. Cor ou raça. Disponível em:<http://cod.ibge.gov.br/235HC>. Acessado em: 08. abr. 2014.

Por: Santos. Elaborado em: 14/06/2015. Publicado em: 17/08/2017. Atualizado em: 17/08/2017.
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