O caráter da expansão Lusitana e do Império Colonial

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Este trabalho tem como objetivo realizar uma breve síntese do texto “O caráter da Expansão Lusitana e do Império Colonial” do livro “Formação Territorial do Brasil: O Território Colonial Brasileiro no “Longo” Século XVI” de Antonio Carlos Robert Moraes.
Esse texto sugere uma abordagem sobre as condições que levaram Portugal a realizar a expansão marítima e as posteriores consequências desse evento sobre Portugal e as terras colonizadas.



SÍNTESE DO TEXTO O CARÁTER DA EXPANSÃO LUSITANA E DO IMPÉRIO COLONIAL

Pelas colocações do autor é possível identificar como consequência do processo expansionista português a agregação progressiva de novas áreas ao sistema imperial lusitano, ou seja, a expansão do império Português sobre áreas extra-européia.



As consequências dessa expansão marítima, para Portugal são a expansão do sistema imperial português e o equilíbrio econômico de Portugal a pari das relações econômicas lucrativas e da exploração mineral de Portugal nas áreas exploradas.
Nesse processo, cabe listar alguns eventos importantes: nas primeiras décadas do século XV dar-se inicio as grandes navegações de Portugal, logo posteriormente, a chegada de Portugal no Marrocos, após os ataques contra Ceuta em 1415, Tânger em 1437 e Alcácer em 1458 ocorre a saída de Portugal de Marrocos. Em 1424, a navegação portuguesa comandada por Gil Eanes ultrapassa o Bojador, em 1434 os portugueses já estão navegando nas “terras dos negros”, em 1460 estão em Serra da Leoa. Alguns anos depois, adentraram-se no golfo da Guiné – que chega a ser confundido com a virada para a Ásia.
Quanto aos ataques realizados pelos portugueses, no Marrocos, o autor apresenta que os marroquinos não aceitaram a presença de Portugal em suas áreas, devido a interesses econômicos comuns, assim eles reagiram contra Portugal com um forte exercito militarmente, obrigando Portugal a abandonar aquelas terras. Assim, a presença de Portugal não se consolida naquele local.
Tratando-se das funções dos enclaves marroquinos no sistema imperial de Portugal, como Ceuta, Tânger e Marzagão, podemos apresentar que entre as várias funções dos enclaves marroquinos no sistema imperial português, o autor destaca a atuação em desorganizar algumas das rotas transaarianas de captura do outro sudanês, “o que auxilia sua canalização posterior pelas feitorias portuguesas na costa ocidental africana. Também, os produtos marroquinos (cavalo de Safim e manufaturados) encontram boa demanda nos escambos efetuados na África negra, sendo um bom meio de pagamento dos carregamentos de pimenta, de escravos e de ouro” (MORARES, 2000, p. 153). O trecho mostra que “a um primeiro circuito Marrocos-Portugal, soma-se outro que articula os enclaves marroquinos com as feitorias do golfo do guine. E, finalmente, a posse desses enclaves anima as navegações para o sul, estimulando o projeto de bordejamento da África” (MORARES, 2000, p. 153).
O autor ainda tece algumas considerações no tocante à Hinterlândia (território situado por tropas de uma costa marítima ou de um rio) do trecho do continente africano, sob certa influencia dos portugueses. Assim, para o autor essa Hinterlândia não era uma área de total controle e poder de Portugal, apenas uma área de relações econômicas entre Portugal e os habitantes da área, na qual beneficiava aumente a Portugal. Assim, como mostra o texto “A Hinterlândia dessa parte do continente africano, apesar de aparecer como área de circulação de mercadores lusitanos, não conheceu uma efetiva instalação. No geral, nessa região o estabelecimento se faz por acordos com potentados locais, estes enviando as mercadorias para os entrepostos portugueses na costa. Assim, as viagens continentais são de reconhecimento e diplomáticas, a grosso modo avançado pelos rios” (MORARES, 2000, p.155).



CONSIDERAÇÕES FINAIS

Portanto, entende-se que a presença de Portugal na África dar-se pela exploração econômica, ou seja, relações econômicas que beneficiavam os portugueses que não tinham total controle territorial dessa área, até porque já era uma área organizada politicamente. Nessa área, Portugal instalou um castelo com um poder central que controlava as demais instalações na África e assim realizava as relações econômicas.

REFERÊNCIA

MORAES, Antonio Carlos Robert. Bases da formação territorial do Brasil: o território colonial brasileiro no “longo” século XVI. São Paulo: Hucitec, 2000.

Por: Santos. Elaborado em: 09/09/2012. Publicado em: 07/09/2017. Atualizado em: 07/09/2017.
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