Movimentos das placas tectônicas

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Esse trabalho tem como objetivo mostrar os principais fenômenos resultantes dos principais movimentos que ocorrem no interior de nosso planeta, incluindo aqueles realizados pelas placas tectônicas.



DERIVA CONTINENTAL

O pesquisador alemão Alfred Wegener (1880-1930) observou que os continentes se encaixavam um no outro, como se fossem um quebra cabeça Além disso, ele observou que havia fósseis de plantas e animais que estavam no litoral de dois continentes separados pelo oceano. Para Afred, essas plantas e esses animais não tinham como atravessar o oceano, então para explicar esse fenômeno desenvolveu a teoria da Deriva continental. Segundo a deriva continental, todos os continentes atuais estavam juntos em apenas um e com o tempo, foram se separando até formar os seis atuais.
No ano que Alfred publicou a sua teoria, ele não conseguiu explicar que fenômeno movia os continentes, então sua teoria perdeu credibilidade no mundo cientifico. Porém, na Segunda Guerra Mundial o desenvolvimento dos radares para submarinos comprovaram que a cada ano estava ocorrendo o afastamento dos continentes. Além disso, foi possível observar grandes fossas, dorsais submarinhas e fenômenos de vulcanismos e tectonismo no fundo dos oceanos. Essas observações explicaram a teoria de Alfred e comprovaram que ele estava correto. Atualmente os cientistas explicam a teoria da deriva continental com os movimentos das placas tectônicas.

AS PLACAS TECTÔNICAS

O planeta Terra é dividido em três camadas internas principais: Núcleo, Manto e Crosta.
O Núcleo é a parte mais quente, ele possui um interior sólido devido a grande concentração de Ferro e Níquel, mas sua parte superior é pastosa (líquido concentrado) pois os minerais estão em altas temperaturas.
O Manto é a camada intermédia da terra, ele é uma camada pastosa bem mais quente que a Crosta, porém é mais frio que o Núcleo.
Já a Crosta é a camada mais externa da Terra. Essa é a camada mais fina do planeta e seus minerais se encontram em estado sólido, se comparar a Terra com um ovo, a Crosta seria a casca do ovo, uma camada fina e sólida.
Porém com a pressão interna no planeta, a Crosta Terrestre se rompeu em rachaduras, formando assim, grandes blocos de pedras que flutuam sobre o magma do Manto Terrestre, esses blocos são as Placas Tectônicas.
Nesse sentido, a Crosta da Terra é dividida em partes chamadas de placas tectônicas. Cada placa pode sustentar na sua parte superior desde algumas ilhas até continentes e oceanos. Apesar de algumas placas serem bem grandes, elas não estão paradas, devido a um movimento no Manto da Terra, essas placas podem se mover lentamente em diferentes direções.
Devido às altas temperaturas no interior do planeta, o Manto é composto por rochas em estado pastoso (“derretidas”) chamadas de magma. Com a diferença de temperatura entre a parte superior e a parte inferior do Manto, o material mais frio fica mais denso e desce, enquanto o material mais quente fica mais leve e sobe. Esse movimento no Manto Terrestre é chamado de correntes de convecção e empurra as placas tectônicas que estão sobre o magma do Manto. Como as placas tectônicas são empurradas em diferentes direções, elas podem divergir (afastar), convergir (colidir) ou em entrar em movimento transformante.



Placas convergentes: são aquelas que entram em colisão, uma com a outra, provocando os dobramentos. Assim, as rochas se colidem fazendo com que as rochas de uma placa soerguem formando uma cordilheira (conjunto de montanhas) e as rochas da placa mais leve descem para a chamada zona de subducção, ou seja, a área do Manto na qual as rochas se desintegram, transformando-se em magma. Nesse movimento, geralmente as placas oceânicas são as mais leves e as continentais as mais pesadas, devido ao fato de as placas oceânicas são mais finas que as placas continentais.
A convergência entre as placas geralmente causam erupções vulcânicas, quando o magma é expelido do Manto até a superfície. Também causam terremotos, quando ocorre o rompimento (deformação rúptil) de uma rocha no contato entre duas placas, pois a energia liberada por esse rompimento sobre pressão interna chega à superfície em forma de tremor (quanto maior o tamanho da rocha quebrada, maior a intensidade do terremoto). O ponto na qual está localizada a rocha quebrada (rompida) é chamado de foco ou hipocentro.
Placas divergentes: são aquelas que estão em movimento de afastamento, na qual, o espaço entre elas é preenchido com rochas do Manto terrestre.
A divergência entre duas placas gera o alongamento de lagoas e oceanos, além de falhas (profundas depressões na superfície terrestre, na qual, quando ocorrem no interior dos oceanos, são chamadas de fossas). Devido ao fato do alongamento da superfície deixar a Crosta terrestre mais fina, essa área acaba sendo foco de atividades vulcânicas.
Placas transformantes: são aquelas que passam em movimento contrário, uma em relação à outra. Nesse caso, não ocorre nem colisão, nem afastamento, mas esse movimento pode causar o rompimento das rochas, gerando tremores. Ao mesmo tempo, também podem causar o rebaixamento das áreas em contato de duas placas, resultando em falhas que podem ser preenchidas por lagos, rios ou simplesmente formar depressões.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Portanto, as placas tectônicas são divisões da Crosta terrestre em partes que podem convergir, divergir ou transcorrer entre elas, a depender do movimento das correntes de convecção provocadas pela pressão interna do planeta.

REFERÊNCIAS

DANELLI, Sonia C. S. (editora). Relevo e hidrografia. In:____. Projeto Araribá: Geografia. 2 ed. São Paulo: Moderna, 2007. 6º ano.

JATOBÁ, Luciânio; LINS, Rachel Caldas. Introdução a Geomorfologia. 4. ed. Recife: Bagaço, 2003.

Por: Santos. Elaborado em: 30/12/2013. Publicado em: 22/08/2017. Atualizado em: 22/08/2017.
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