CONSIDERAÇÕES INICIAIS
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O presente trabalho tem como objetivo mostrar a função dos equipamentos da Bacia Escola da Universidade Federal de Campina Grande – UFCG – na cidade de São João do Cariri no estado da Paraíba. Numa Bacia escola é possível observar diversos equipamentos de monitoramento hidrológico, geomorfológico e erosivo, na qual auxiliam os estudiosos na coleta de dados sobre solo, tempo e clima, essenciais para a produção da agropecuária.
EQUIPAMENTOS DA BACIA ESCOLA
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Além da obtenção de dados, a Bacia Escola tem por objetivo comparar a eficiência de diferentes equipamentos, assim, na Bacia Escola visitada foram encontrados variados equipamentos que medem o mesmo elemento em um mesmo local, sendo a maior parte deles apenas para uso experimental.
Inicialmente, foi observado a estrutura de um afloramento de rochas metamórficas, que são mostradas nas imagens da figura 1. Pelas imagens, são visíveis as dobras da rocha metamórfica, que indicam que essa rocha passou por processos de transformação devida a submissão de novas condições de pressão e temperatura, sofrendo uma deformação dúctil, pois a rocha permaneceu deformada, mesmo após o término da força atuante.

A imagem a esquerda da figura 2, mostra um pluviômetro modelo Ville de Paris, é o equipamento mais simples para medição de chuvas. Sua estrutura é adaptada para sua funcionalidade, uma vez que é produzido com um material termicamente frio e possui uma tela de proteção para evitar a perda de água. Para manusear o pluviômetro corretamente é necessário que a coleta de dados seja realizada regulamente, pelo menos uma vez por dia, sempre no mesmo horário, caso contrário, pode ocorrer uma alteração indesejada nos dados coletados. Embora o pluviômetro possibilite saber sobre a quantidade de água da chuva acumulado durante um determinado período, não é possível saber a intensidade e a distribuição da chuva registrada, dados esses que seriam importantes para os estudiosos. A imagem a esquerda da figura 2, também mostra outro pluviômetro, porém com uma estrutura de barras de metais, distribuídos em sua volta, o objetivo dessa estrutura é diminuir a influencia do vento nas medições de chuva, uma vez que os ventos podem provocar chuvas diagonais.

As imagens da figura 3 mostram um pluviográfo mecânico, equipamento utilizado na medição de chuvas, que permitem coletar dados sobre o acumulo de água e intensidade da chuva. Para tanto, o pluviográfo mecânico utiliza de uma engrenagem, a água da chuva entra na parte superior, enche uma caçamba, a engrenagem registra a quantidade de água coletada na caçamba, em seguida a caçamba é seca e a medição inicia novamente, assim possibilitando os registros das distribuições das chuvas em cada evento chuvoso. Os dados coletados são registrados em um gráfico, que permite uma autonomia de uma semana, ou seja, o monitorador responsável só precisa coletar os dados semanalmente, onde deve trocar o gráfico e aplicar mais corda a sua engrenagem, para que possa movimentar o gráfico e registra os dados. O gráfico e o mecanismo do pluviográfo são mostrados na imagem a direita da figura 3.

A imagem a esquerda da figura 4 mostra um pluviômetro digital, é o mais moderno aparelho de medição de chuva, pois permite a coleta de dados de intensidade e acumulo de chuva, assim como o pluviográfo, porém em intervalos personalizados com poucas limitações por parte do equipamento, assim pode-se ter registros de chuva a cada 10, 20, 5 minutos, independente da pesquisa realizada. Além disso, o pluviômetro digital pode ser diretamente ligado a um computador, ou seus dados podem ser coletados em um dispositivo de armazenamento, como um pendrive, por exemplo, ou ainda por um sistema de transmissão de dados, cujos dados são observados em um software de planilha eletrônica, deixando as dados mais bem organizados.
A imagem a direita na figura 4 mostra uma estação meteorológica completa, que além de medir a velocidade e direção dos ventos, possui um painel solar e um computador que marcam a funcionalidade do pluviômetro digital. O painel solar garante o funcionamento do pluviômetro, principalmente devido ao clima semi-árido da região, que proporciona um grande potencial energético pela radiação solar, já o computador, guardado na caixa branca da torre meteorológica da imagem a direita da figura 9, registra os dados do pluviômetro direto em uma planilha do Excel.

A figura 5 mostra um evaporimetro do tipo Tanque Classe A, equipamento que tem como objetivo medir a capacidade de evaporação de água de uma determinada área. O equipamento mostrado na figura 10 é padronizado com as dimensões e recomendações da organização mundial de meteorológica, com um material termicamente frio e instalado em áreas com poucas possibilidades de influência de animais, que possam consumir a água, para evitar alterações de dados. O princípio do evaporimetro basea no monitoramento das variações o nível de água no tanque, cujo se em um dia o evaporimetro apresentava a água na faixa de 30 cm e no dia seguinte mostrou estar em 27 com, por exemplo, a diferença dessa medida, no caso, 3 cm, é utilizada para calcular a evaporação da água na região em milímetros. Os dados de evaporação apenas podem ser validos, com cerca de 30 anos de monitoramento, pois apesar de todos os cuidados para evitar influencias externas que possam causar alterações nos dados, essas são inevitáveis, assim para um concreto resultado, precisa de uma análise prolongada, para se verificar a real taxa de evaporação da área.

A figura 6 mostra anemômetros em uma estação meteologica, na imagem a esquerda, mostra um anemômetro a 50 cm do solo e na imagem a direita mostra a instalação de anemômetros a cerca de 50 metros acima do solo, o objetivo dos anemômetros instalados é medir a velocidade e direção do vento em diferentes alturas.

A figura 7 mostra termômetros medindo a temperatura do solo. Nota-se que para esse equipamento são colocados uma quantidade de termômetros próximos, para uma alcançar medidas mais precisas.

A figura 8 mostra uma abrigo meteologico, com termômetros para medir as temperaturas máximas e mínimas do ar, e ferramenta de medida da umidade do ar. A caixa do abrigo, protege os termômetros da interferência dos resultados pela radiação direta do sol, contendo fendas em sua estrutura que permitem a passagem do ar no ambiente, contudo, evitando grandes alterações nos dados. Outro detalhe é a distancia na qual o abrigo meteorológica é instalado em relação ao solo, pois essa distancia busca evitar a alteração de dados por meio da transferência e calor absorvido elo solo ao longo do dia.

A figura 9 mostra um actigrófo, equipamento utilizado para medir a intensidade da radiação solar. Para tanto, o actigrófo é formado por uma bola de cristal que potencializa a radiação solar, que deve marca uma fita granulada com as horas do dia situada a volta dessa bola, sua forma e posicionamento permitem uma precisa marcação de acordo com as horas do dia. A medida que a fita fica com uma marca mais forte, mostra que durante aquela hora do dia a radiação solar estava mais forte, quando a fita praticamente não mostra uma marca, significa que durante aquele período do dia estava nublado ou chovendo.

A figura 10 mostra uma estação que tem como objetivo medir a taxa de infiltração e erosão do solo. Para tanto, as caixa de água abaixo capturam a água e a carga de sedimentos trazidos por ela de um pequeno recorte espacial isolado, na imagem o recorte espacial corresponde a uma área com 5 metros de largura e 15 de comprimento. O solo nessa área isolada possui as mesmas condições do solo da região, assim, quando a chuva entra em contato com o solo da área isolada, a água acumulada juntamente com os sedimentos da erosão provocada é levada para as caixas. O peso da carga de sedimentos acumulado nas caixas permitem saber a taxa de erosão, já os litros de água acumulados juntamente com medidas de pluviômetros permitem através de cálculos matemáticos, saber a taxa de infiltração do solo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Portanto, a Bacia Escola de São João do Cariri/PB possui diversos equipamentos fundamentais para o monitoramento do solo, do tempo e do clima, fornecendo dados que podem ser utilizados no planejamento agropecuário, industrial e na produção econômica de diversos fins.
REFERÊNCIAS
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GOMES, Marco Antonio Ferreira; FILIZOLA, Heloisa Ferreira; BOULET, René. Formação de voçorocas. Ageitec. Embrapa. Disponível em: <http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/agricultura_e_meio_ambiente/arvore/CONTAG01_58_210200792814.html>. Acesso em: 03 set. 2013.
BRADY, Nyle C; Weil, Ray R. Elementos da natureza e propriedades dos solos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman.
Por: Santos. Elaborado em: 03/09/2013. Publicado em: 31/08/2017. Atualizado em: 31/08/2017.
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